sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Olá! Vamos para mais uma resenha? Desta vez se trata de um dos livros com uma história e narrativa mais diferente que já li.


As mil noites de E.K.Johnston nos traz uma versão bem diferente do clássico "as mil e uma noites". Neste livro acompanhamos a história de Lo- Melkhiin, que já teve 300 esposas e todas morreram. Ele chega a aldeia da personagem principal em busca de uma nova esposa e ela decide que quer ser levada, como forma de evitar que sua irmã o seja. 

A grande questão é que todos a recebem esperando que após a primeira noite juntos ela amanheça morta. Porém não é isso que ocorre. Noite após noite, dia após dia, ela segue viva e encantando o rei com seus contos. 

Quando adquiri o livro pensei que se trataria de um romance, mas isso é o que menos importa aqui. O livro traz relatos da história de um povo e uma explicação surpreendente e ainda assim compatível com o resto da obra. 

É claro que em vários momentos, principalmente mais para o fim da leitura, você torce para o casal de protagonistas. Mas muito mais que um livro de romance, este se trata de uma abordagem do místico. E eu amo.

A narrativa é inteiramente em primeira pessoa, inclusive os capítulos narrados pelo personagem que "representa" o rei (e isso é o máximo que posso falar sem dar um grande spoiler) nos pegam de surpresa e trazem ao livro algo muito diferente dos outros que já li. 

Acredito que o fato da autora ser arqueóloga contribui muito para uma narrativa muito mais concisa no que diz respeito ao cenário e a ambientação. Você sente que tudo que está ali simplesmente faz todo sentido. Embora seja uma obra de ficção esses detalhes trazer um que de realidade. 

Recomendo muito esta leitura. Principalmente para quem gosta de mergulhar em uma cultura muito diferente da sua, o livro consegue mostrar um mundo diferente de uma forma fantasiosa e realista. Valeu cada página. 

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